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sábado, 23 de março de 2019

Dominando o Direito: técnicas e táticas para aprender mais e melhor

Olá a todos, que tenham um bom dia.

Enfim, apesar da carga do Doutorado e prazer de escrever uma tese, a versão do eBook do meu livro Dominando o Direito, o meu novo livro sobre estudo e concurso, leitura essencial para todos que queiram melhorar seu rendimento e resultado em provas e concursos já está disponível (a versão impressa aguarda formatação final).

Leiam e Compartilhem!


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sexta-feira, 21 de abril de 2017

As 48 Leis do Poder: uma introdução (ou como não ser sempre vítima da maldade alheia)

Eu diria, sem medo de crítica, que o livro de Robert Greene, "As 48 Leis do Poder", é "O Príncipe" (de Maquiavel) dos nossos tempos (talvez mais, talvez até algo próximo à "Arte da Guerra", mas em linguagem compreensiva). Já no início do Prefácio, Greene (2000, p. 20) nos adverte que, neste mundo em que todos devem "parecer justos e decentes", na luta pelo poder, temos que agir necessariamente com sutileza, ser "agradáveis porém astutos, democráticos mas não totalmente honestos".

Isto tem um pouco a ver com o que Maquiavel já havia escrito em "O Princípe", cuja citação também está presente no livro de R. Greene (2000, p. 25), ao final do Prefácio:
O homem que tenta ser bom o tempo todo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons. Por conseguinte, o princípe que desejar manter a sua autoridade deve aprender a não ser bom, e usar esse conhecimento, ou abster-se de usá-lo, segundo a necessidade.
Qual é a relação? Neste século (XXI), é mal visto quem parece "premeditado nos seus movimentos", com "muita fome de poder". Mas, ao mesmo tempo, se for bom o tempo todo, como afirma Maquiavel, estará fadado ao fracasso. Portanto, agir para ter e manter o poder, mas ser suficientemente sutil, agradável, mas astuto, democrático, mas não absolutamente honesto. Trata-se, como diz Greene (2000, p. 19), de um "jogo constante de duplicidade" que não é diferente do que aconteceu em épocas mais antigas. Assim, com base nas lições da história, o livro extrai "As 48 Leis do Poder", vitais para a sobrevivência num mundo cada vez mais hostil e ardiloso, que exige de nós, porém, a bondade e honestidade sem limites.


Devemos parecer dóceis, mas estar sempre prontos a agir da forma adequada ao momento. Como dizia Maquiavel, aprender a ser bom, ou não, conforme a ocasião. Greene vai dizer que vivemos os mesmos dilemas dos antigos artesãos:
aparentando ser o próprio modelo de elegância, ele tinha ao mesmo tempo de ser o mais esperto e frustar os movimentos dos seus adversários da maneira mais sutil possível (Greene, ob. cit., p. 19).
Se você é como eu, que quando enraivecido, deixa tudo transparente, responde na hora o que lhe desagrada, embora sincero e sem más intenções, precisa aprender com "As 48 Leis do Poder", precisa remodelar seu comportamento se quer mais sucesso na sua vida pessoal, familiar e profissional.

O bom cortesão, se apunhalava o adversário pelas costas, "era com luva de pelica na mão e, no rosto, o mais gentil dos sorrisos" (ob. cit., p. 19). Precisamos aprender a lidar de forma vitoriosa com esta "guerra civilizada". Neste sentido, Greene é explícito:
Hoje enfrentamos um paradoxo peculiarmente semelhante ao do cortesão: tudo deve parecer civilizado, decente, democrático e justo. Mas se obedecemos com muita rigidez a essas regras, se as tomamos de uma forma por demais literal, somos esmagados pelos que estão ao nosso redor e que não são assim tão tolos (0b. cit., p. 19).
Terá que dominar essa dualidade (contraditória), de não aparentar ser necessariamente quem é, mas também não ser quem aparenta ser (lembra das duas faces de Janus?). Por fora, um personagem; por dentro, outra pessoa. Por fora, "uma pessoa de escrúpulos"; por dentro, "a não ser que seja um tolo, vai aprender logo a fazer o que Napoleão aconselhava: calçar a sua mão de ferro com uma luva de veludo" (ob. cit., p. 20). Portanto, quem dominar As 48 Leis do Poder, será capaz de "seduzir, encantar, enganar e sutilmente passar a perna nos seus adversários".

Da minha parte, eu sempre tentei ser o mais honesto possível, sem reservas, porém, sempre acabei prejudicado, num sentido ou noutro. Porque, como afirma Greene (2000, p. 20), quem procurar ser absolutamente honesto vai sempre magoar e ofender muita gente e, algumas vezes, essas pessoas vão querer se vingar. Na verdade, até mesmo a honestidade é "uma forma sutil de coagir as pessoas" (mas talvez sem resultados tão satisfatórios).
Aqueles que fazem alarde ou dão demonstrações de inocência são os menos inocentes de todos (Greene, 2000, p. 21).
Consciente ou inconscientemente, tudo é sempre um jogo do poder. Pelo menos em vida (para aqueles que acreditam em algo após a morte), estamos presos a este mundo de artimanhas e não há como escaparmos do "jogo do poder", sendo vítimas ou predadores. Consequentemente, "se o jogo de poder é inevitável, melhor ser um artista do que negar ou agir desastradamente" (ob. cit., p. 21).

Para não sairmos sempre derrotados, magoados, cheios de culpa, temos que aprender a jogar, mudar de perspectiva. Mas não é uma tarefa fácil, pois exige "esforço e anos de prática". De qualquer modo e antes de mais nada, devemos aprender "a mais importante, e fundamento crucial do poder", ou seja, a habilidade de dominar as nossas emoções. É que a raiva não só deixa evidente aos olhos do adversário a sua condição e reação, mas também "é a que mais turva sua visão (ob. cit., p. 21).

Então teremos que reprimir todo sentimento de amor e afeto? Não. De forma alguma. Talvez nem seja possível reprimir os sentimentos, pois fazem parte do que nós somos. É humano ter sentimentos. O problema não está nos sentimentos, o problema está no modo como nos expressamos, o prolema está na forma como demonstramos o que sentimos.

Não dá para impedir o sentimento de raiva ou amor, "mas cuidado com a maneira como você expressa esses sentimentos e, o que é mais importante, eles não devem jamais influenciar seus planos e estratégias" (ob. cit., p. 22).

Como Janus, o personagem da mitologia romana, o guardião dos portões, com duas faces, capaz de sempre olhar para um lado e para o outro, "é esse o rosto que você deve criar para si próprio - um que olha sempre para o futuro e o outro, para o passado" (ob. cit., p. 22).

Mas, cuidado, adverte Greene (2000, p. 22), olhar para o passado não quer dizer remoer seus próprios sentimentos e rancores. Olhar para o passado é aprender com a história, é conhecer e não cometer os mesmos erros de outros que viveram antes de nós.
O verdadeiro propósito do olho que espia para trás é o de constantemente se educar - você olha para o passado para aprender com quem viveu antes de você (ob. cit., p. 22).
E é isto que As 48 Leis do Poder ensinam: pelo exemplo da história e a reflexão sobre os nossos próprios atos, aprender a romper com os modelos sentimentais e comportamentais que nos levam a perder no inevitável jogo do poder.

Aprender a controlar seus sentimentos, esta é a imprescindível condição necessária, antes mesmo de qualquer uma de As 48 Leis do Poder. Mas para isto, precisa aprender a ser menos você, a distanciar de si mesmo e a vestir as várias personas que o teatro do mundo exige:
Você não consegue trapacear bem se não se distanciar um pouco de si próprio - se não puder ser muitas pessoas diferentes, vestindo a máscara que o dia e o momento exigem (ob. cit., p. 23).
Mas também deverá ser paciente. A paciência é uma arte e somente o seu domínio "impedirá que você cometa burrices", pois ser impaciente só lhe deixará mais fraco e lhe impedirá de ter algum poder (ob. cit., p. 23).
Metade do seu controle do poder vem do que você não faz, do que você não se permite ser arrastado a fazer. Para isso, você deve aprender a julgar todas as coisas pelo seu preço que terá que pagar por elas. Como Nietzsche escreveu, "O valor de uma coisa às vezes não está no que se consegue com ela, mas no que se paga por ela - o que ela nos custa" (ob. cit., p. 23).
Aprenda a ter paciência, a aguardar o tempo certo. Mas não desperdice-o, pois a vida é curta. O tempo e a paz de espírito são coisas valiosas demais para serem desperdiçadas. Deixe os outros cuidarem dos seus próprios problemas. Do contrário, "o preço é muito alto" (ob. cit., p. 24).

Entrentato, se devemos de algum modo despender o nosso tempo é estudando os outros, "é o maior conhecimento de que se precisa para conquistar o poder". De qualquer forma, não faça diferença entre quem deve estudar e quem deve confiar. Todos, sem exceção, devem ser estudados: "jamais confie totalmente em alguém e estude todos, inclusive amigos e pessoas queridas" (ob. cit. e lug. cit.).

Lembrando, por fim, "disfarce a sua astúcia". O mundo espera decência, honestidade e cortesia, mas os que triunfam no jogo do poder são dissimuladores consumados (cf. ob. cit., p. 24).

Como diz Greene, tome As 48 Leis do Poder como um "manual das artes da dissimulação", baseada em histórias de homens e mulheres que souberam dominar o jogo do poder.
As leis possuem uma pressmia simples: Certas ações quase sempre aumentam o poder de alguém (o cumprimento da lei), enquanto outras o diminuem e até os arruínam (o desrespeito à lei) (ob. cit., p. 24). 

***

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terça-feira, 12 de julho de 2016

Um livro por dia: o primeiro dia

O Começo

O grande problema disto tudo é o primeiro dia, porque simplesmente significa começar.
Eu sei que talvez devesse iniciar, sei lá, com Aristóteles ou algo do gênero, já que afinal tenho uma tese para escrever (e quero fazê-lo no menor tempo possível). Mas o título deste "projeto" seria mais do tipo "faça o que tem que ser feito: leia!" Porém, não é isto que proponho nesta experiência. Ademais, a leitura da tese poderá fazer uma interseção, mas é de qualquer perspectiva algo diferente disto tudo.
Talvez alguém até fique na torcida: "ou este maluco consegue uma (a tese) ou consegue outro (um livro por dia); mas não os dois". Bem, o cerne da questão é por aí: simplesmente mudar. E mudança quer dizer o quê? Quem sabe onde vai chegar?

O Livro

Escolhi Aprendendo a Aprender. Como Ter Sucesso em Matemática, Ciências e Qualquer Outra Matéria, de Barbara Oakley (Ph. D), tradução de Alexandre de Azevedo Palmeira Filho, com 325 páginas (Editora Infopress). O livro estava lá, na minha frente, sem ter lido-o ainda e, além disso, achei fofo as páginas extras em branco para anotações, no final.
Para mim, a mensagem foi muito clara com esta escolha: tem gente demais estudando; gente de menos sabendo como estudar. Resultado: zero na aprendizagem ou "profissão fita cassete" (o famoso papagaio de pirata), na melhor das hipóteses.
Adam Grant (Dar e Receber: Uma abordagem revolucionária sobre sucesso, generosidade e influência) disse o seguinte: "este livro deveria ser leitura obrigatória para os alunos e para minha mãe". Como assim, "para a minha mãe"? A gente responde mais à frente. Isto também faz parte de saber estudar. Sabia?
O livro me escolheu, mas eu sei que a natureza das coisas sempre conspira (nalgum sentido), pois veio-me o insight de que o Brasil tem um dos piores desempenhos no ranking mundial da educação (ver aqui), apesar de ter cinco das dez melhores universidades da América Latina (na globo). Coisas da América Latina! (E o que poderia dizer, sendo eu africano?). Realmente, o livro se justifica por si mesmo.

Impressões do Livro

Como o matemático Henri Poincaré resolveu um problema difícil? Ele tirou férias.
Nota: tem essa moda agora de spoiler (estraga surpresa). Mas isto você saberia no livro só de passar na livraria e ler a primeira página. De qualquer modo, eu vou contar alguma coisa (vai valer ao menos para alguém fingir ter lido o livro, sem ler, é claro).
Sabe aquela matéria que você estudou, na verdade leu e leu várias vezes? Pois é, bem capaz de estar fazendo algo em vão e a julgar-se a "mater studiorum". Será? O livro vai responder: releituras passivas são uma ilusão cognitiva.
Lembra da mãe de Adam Grant? Como afirma a autora: o livro também "é para a o crescente exército de pais que ensinam seus filhos em casa".

Um livro por dia (para dummies)

Se eu leio (ou não) um livro por dia, a matemática pode ficar um pouco confusa para alguns. Do tipo, "como assim se ele leu o mesmo livro em dois dias"?
Ler um livro por dia é, em primeiro lugar, ler o que interessa; ler um livro por dia é também ler na média. Quer dizer, o compromisso é mesmo ler sete livros por semana. Você não acha que vou ler Dan Brown e Aristóteles na mesma velocidade, acha? Não creio mesmo que alguém seja capaz de ler um livro de 100 páginas (em português) na mesma velocidade que leria outro de 500 páginas (em inglês, por exemplo).

Postarei mais links e conteúdos sobre o livro em breve. Para um cheirinho especial da obra, talvez seja interessante ler As 10 Regras para Estudar Bem que postei no blog do meu filho. Aliás, o "projeto" ler um livro por dia é inspirado blog dele sobre livros, pensamentos e ideias e na sua consistência de leitura (e eu não poderia ficar sem fazer nada).

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domingo, 10 de julho de 2016

Mude sua vida: Leia um livro por dia!

Amanhã começarei o desafio de ler um livro por dia e observar que mudanças podem operar ao fazer isso.
Postarei diariamente minhas impressões e ao final de seis meses talvez escreva um livro sobre esta experiência, que também compartilharei por aqui.
Acredito que os livros (leitura) podem ajudá-lo a mudar de rumo, a progredir.
Ler um livro por dia parece-me uma experiência incrível. Não precisa ser sempre um livro que ainda não foi lido. Não precisa. Acredito mesmo que muitos livros merecem ser lidos mais de uma vez, pois ninguém apreende tudo de uma vez.
Acompanhem.


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domingo, 15 de abril de 2012

Machado de Assis: fonte infinita de inspiração

Deleito-me incansavelmente com Machado de Assis e nada há que me impede de reler suas obras. O modo como escreve é indicustivelmente próprio e maravilhoso! Sua escrita leve, sua narrativa poética, seu jeito de contar histórias e, aos mesmo tempo, conversar com o leitor. Sim, Machado é espetacular, ele sabe que o leitor está e não finge ignorá-lo.

No meu romance De Volta ao Crime, não resisti à tentação de homenagear Machado de Assis, esta fonte inspiradora do meu percurso literário.

Machado diz: 
 Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas (Quincas Borba, grifei)
Em De Volta ao Crime, escrevi:
Victor não contestou, apenas repetiu, quase aos berros:
— Sou um idiota!
Assim foi sempre a vida, ao vencedor, as batatas, para o otário as lamentações, a mágoa de não ter feito desta ou daquela maneira, de não imaginar tamanha ingratidão, de não esperar... (De Volta ao Crime, grifei).

Como disse Jorge Costa Reis, "Quem sou eu para escrever sobre um dos maiores escritores brasileiros?", Acrescentaria uma emenda, um dos maiores da lingua portuguesa. Mas ainda assim, não resisti à tentação de homenageá-lo. Numa outra passagem de De Volta ao Crime, falando sobre as dores da traição, da raiva pelo engano, escrevi: 
Deitada de bruços, chorava copiosamente. Sentia-se tal e qual dona Tonica de Machado de Assis, sem ideias de paz nem de candura. Ao tentar jogar com o amor alheio, via-se agora como vítima e o gosto de fel passou-lhe entre os lábios. (De Volta ao Crime, grifei)
E Machado escreveu:
Não trazia idéias de paz nem de candura. Sem conhecer o amor, tinha notícia do adultério, e a pessoa de Sofia pareceu-lhe hedionda (Quincas Borba)

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Por que o Direito é Normativo?

Como aprofundado no livro O Poder Normativo do Direito, após a contribuição seminal de Hans Kelsen e seguindo a linha de pensamento de Norberto Bobbio, é possível atribuir ao Direito um caráter normativo por três razões distintas:

(a) porque ele opera por meio de normas;
(b) porque interpreta e regula a realidade social através de um sistema normativo; e
(c) porque cria e impõe normas.

Na perspectiva kelseniana, o Direito é entendido como um sistema normativo cuja unidade é garantida pelo fato de todas as normas compartilharem o mesmo fundamento de validade: a Grundnorm (norma fundamental). No entanto, o Direito se distingue de outras ordens sociais por ser uma ordem coativa, ou seja, uma ordem que prevê o uso da coerção. Isso significa que suas normas estabelecem atos de coação, nos quais o emprego da força física pode ser utilizado, se necessário, contra aqueles que violam as normas estabelecidas.


Essa visão do Direito como um sistema normativo coercitivo foi amplamente discutida e refinada por filósofos do Direito como Joseph Raz. Em sua teoria do Direito como razão prática, argumenta que as normas jurídicas não apenas regulam o comportamento, mas também fornecem razões para a ação. Ele enfatiza que o Direito tem uma pretensão de autoridade, ou seja, ele se apresenta como uma fonte legítima de razões para agir, independentemente das motivações individuais. Essa abordagem complementa a visão kelseniana ao destacar a função prática do Direito na orientação do comportamento humano.

Além disso, a teoria de Raz sobre a natureza do Direito também explora a relação entre o Direito e a moral. Ele defende que, embora o Direito e a moral possam estar interligados, o Direito possui uma autonomia própria, sendo capaz de justificar suas normas independentemente de considerações morais. Essa separação entre Direito e moral é crucial para entender o caráter normativo do Direito como um sistema autônomo e funcional.

Em resumo, o Direito, como um sistema normativo, não apenas estabelece regras, mas também as justifica e as impõe de maneira coercitiva. Essa dualidade entre normatividade e coercitividade é o que o distingue de outras formas de regulação social, como a moral ou os costumes. A contribuição de pensadores como Kelsen, Bobbio e Raz nos permite compreender melhor a complexidade e a importância do Direito como uma estrutura essencial para a organização e a coexistência das sociedades modernas.

Para aprofundar ainda mais essa discussão, você pode se interessar por Enunciados normativos - enunciados de um ponto de vista, que explora a natureza dos enunciados normativos e sua relação com o Direito.

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