Obrigado, mãe!
Ainda sinto o eco do pilão batendo
No silêncio das madrugadas;
O barulho do fogareiro aquecendo
O óleo para as famosas frituras.
Recordo-me das lágrimas,
Ainda sinto o eco do pilão batendo
No silêncio das madrugadas;
O barulho do fogareiro aquecendo
O óleo para as famosas frituras.
Recordo-me das lágrimas,
Da dor do teu silêncio,
Nas noites longas
Do meu estudo à luz do candeeiro.
Sei que querias mais,
Nas noites longas
Do meu estudo à luz do candeeiro.
Sei que querias mais,
Mas as vicissitudes da vida
Não permitiram outras fortunas.
Da vida maltratada,
Não permitiram outras fortunas.
Da vida maltratada,
Transformastes-me em poeta.
Da pobreza presenciada,
Concedestes-me sabedoria.
Mais do que mãe,
Da pobreza presenciada,
Concedestes-me sabedoria.
Mais do que mãe,
Tu fostes uma professora.
E na graça ou desgraça,
Aprendi que de tudo se pode rir.
E na graça ou desgraça,
Aprendi que de tudo se pode rir.
Graaande Quintino! Poesias como esta não merecem o silêncio das estantes, mas o burburinho das praças! Um abraço, meu caro.
ResponderExcluirIsaac Reis