domingo, 19 de abril de 2015

(DES)ARTE - meu soneto

Este poema - minha tentativa pelo soneto - escrevi em 1999, quando ainda meu único compromisso era com os estudos, durante a época universitária, em Florianópolis/SC, numa tarde tranquila, inspirada por algumas músicas de baixa qualidade que passavam no Rádio.
Acredito que o tema tratado ainda é muito pertinente, este mundo que tem se tornado cada vez mais sem gosto, imediatista e sem arte, ou como denominei "desarte". Espero que gostem:

(DES)ARTE

Dos versos lindos ninguém se recorda.
Daqueles velhos que assim escreveram
Os Homens hoje já não mais se lembram.
Sei que sonetos são coisas d'outrora.

Bernardes, Camões, Lobo, quem vos leram?
Dizem que vivemos a nova era.
A verdade deu lugar à mentira
E a poesia nobre os novos ignoram.

Mundo selvagem de exploração,
Onde alguns com tamanha ironia
Querem impor a globalização.

Mundo global, sem arte nem poesia,
Que nega a beleza ao coração,
Não terá a plena sabedoria.

(Florianópolis/SC, 09/04/99)

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